11 de fevereiro de 2013

Nigéria vence Copa Africana e garante vaga na Copa das Confederações

Sensação do futebol africano entre os anos 90 e a primeira década da virada do milênio, com participações em quatro das últimas cinco edições da Copa do Mundo, a Nigéria voltou a ter protagonismo neste domingo.
As Super Águias venceram Burkina Faso por 1 a 0, conquistaram a Copa Africana de Nações pela terceira vez e, consequentemente, garantiram vaga na Copa das Confederações, que vai ser disputada entre os dias 15 e 30 de junho deste ano no Brasil.
A Vaga africana foi a última a ser preenchida na competição. A Nigéria entra no Grupo B ao lado de Espanha, Uruguai e Taiti. A estreia será no dia 17 de junho contra os taitianos no Mineirão, em Belo Horizonte. A seleção africana poderá enfrentar o Brasil apenas na fase final, mas há uma péssima lembrança para os brasucas caso o confronto aconteça: as Águias venceram a Seleção por 4 a 3 nas semifinais das Olimpíadas de 1996 e acabaram ficando com a medalha de ouro. Na cerimônia de entrega das medalhas, os brasileiros, que ficaram com o bronze, não subiram ao pódio.
Nigéria domina e, mesmo com falhas, chega ao gol
No primeiro tempo, a Nigéria permitiu-se deixar a defesa desprotegida para priorizar o ataque. Foi dominante durante os 45 minutos iniciais, mas nem tão brilhante na criação de jogadas. As duas equipes erraram incontáveis passes. No caso dos nigerianos, especialmente o último. Faltava às Águias a única qualidade de Burkina Faso: um homem de referência no ataque, no caso, Bancé, único a arriscar alguma coisa pelos Garanhões.
Brown teve uma chance espetacular para abrir o placar para a Nigéria aos nove minutos. Após cobrança de escanteio, o goleiro Diakité saiu mal do gol e deixou a bola escapar. Brown ficou com o rebote, mas, mesmo diante do gol vazio, chutou por cima do travessão. As melhores chances dos nigerianos foram criadas pelas pontas, especialmente pela direita, uma verdadeira avenida.
Cerimonia Abertura Copa Africana de Nações, Nigéria x Burkina Faso (Foto: AFP)
Moses tinha liberdade para atuar pelos dois lados e deu trabalho a Diakité, como aos 19 minutos, quando cruzou e obrigou o arqueiro rival a defender em dois tempos. O primeiro chute de Burkina Faso foi feito apenas aos 24 minutos. Bancé arriscou de fora da área, mas a bola passou longe dos postes. Três minutos depois, o grandalhão cobrou falta e, desta vez, a bola passou mais perto do gol.
Mas o jogo estava feio. Nos dois lados, todos os passes saíam com muita força e os atacantes ou tinham que correr muito para tentar dominá-la ou não conseguiam manter o controle. Foi justamente numa jogada em que a bola foi tratada com rispidez que nasceu o gol nigeriano. Aos 39 minutos, Moses tentou chutar, a bola bateu na defesa e subiu, sobrando para Mba, que deu um lençol em Koffi e, sem deixar a bola cair, chutou para o fundo da rede. Um belo gol, apesar de tudo.
Sunday Mba e Djakaridja Kone, Nigéria x Burkina Faso (Foto: AFP)
Nigéria não marca, leva susto, mas confirma a vitória
Na segunda etapa, Moses e Conté seguiam como as principais atrações. O burkinense teve duas tentativas nos dez minutos iniciais, mas novamente, os tiros saíram pela culatra. A partida ficou mais equilibrada com o passar do tempo e com o aumento do desespero dos Garanhões. A Nigéria quase pagou um preço alto demais por não transformar a superioridade em gols.
Aos 27 minutos, Musa recebeu um ótimo passe dentro da área. Poderia ter chutado de primeira, parado, pensado, tomado um chá para escolher com calma qual parte do pé seria a mais eficiente para o chute... estava tudo fácil demais. Tão fácil que o jogador caiu sozinho antes de receber a bola. Na jogada seguinte, Burkina Faso por pouco não o castigou.
Nakolma, com um bom passe por trás da defesa, deixou Sanou em ótimas condições. O burkinense chutou cruzado, mas o goleiro nigeriano conseguiu evitar o gol, se esticando para fazer a defesa com a ponta dos dedos. Foi a melhor chance de Burkina Faso na partida. A seleção tentou alguns contra-ataques, mas raramente incomodava Diakité. Título merecido para as Águais, que voltaram a honrar o prefixo "Super".
Cerimonia Abertura Copa Africana de Nações, Nigéria x Burkina Faso (Foto: AP)


















G1

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